PANDEMIA REVOLUCIONA O MERCADO IMOBILIÁRIO: CERCA DE 35% DAS EMPRESAS VENDERAM EM NEGOCIAÇÕES DURANTE O PERÍODO


O mercado imobiliário foi impactado pela pandemia de coronavírus, mas o tom entre os especialistas é otimista em relação aos efeitos que a crise pode trazer. Entre as mudanças mais significativas, está um processo reverso ao que vinha sendo observando: Se antes a tendência era a diminuição de espaços e de vivência em espaços compartilhados, a pandemia exige o oposto: espaços maiores e mais confortáveis, já que as pessoas passam mais tempo dentro de suas respectivas casas e estão sentindo falta de um escritório bem estruturado e vão querer mudar.

VENDAS NA CRISE

Uma pesquisa conduzida pela Brain Inteligência e parceiros, mostra que 56% das empresas de incorporação venderam durante a crise. “Desse total, 60% foram vendas derivadas de uma negociação iniciada durante a pandemia. Ou seja, podemos dizer que cerca de 35% das empresas venderam em negociações durante a pandemia, o que indica que com certeza existe venda neste momento”, afirma Fábio Tadeu Araújo, sócio Dirigente da Brain Inteligência Estratégica.

Segundo ele, isso é reflexo da preparação das empresas, já que o mercado imobiliário vinha se recuperando da crise de 2014. “As empresas estão mais preparadas para vender digitalmente e contatar digitalmente, se essa pandemia tivesse acontecido quatro, cinco anos atrás o impacto teria sido muito maior. Muitas empresas estão avançando para oferecer a jornada de compra do imóvel 100% online”.

RECUPERAÇÃO DO SETOR

Empreendimentos de baixo padrão, por exemplo, têm tendência à inadimplência pela perda da capacidade de compra de muitos brasileiros de baixa renda, mas o reflexo é pontual. Nas cidades diversificadas economicamente não se vê um aumento de inadimplência brusco, enquanto regiões que vivem de indústrias e comércio são severamente mais afetadas.

Sobre a recuperação de fato do setor, ainda há um caminho a ser percorrido. De acordo com especialistas, é difícil prever algo em um cenário como o que estamos passando, porém existe a expectativa de uma recuperação de médio prazo com a ajuda da internet e da tecnologia de modo geral.

Fonte: InfoMoney