Como a covid-19 impulsiona o mercado imobiliário para o futuro

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A pandemia do novo coronavírus tem provocado muitas mudanças nos lares e impulsionado o setor imobiliário em direção ao futuro. Nesse sentido, diversas soluções tecnológicas têm sido lançadas internacionalmente para garantir a segurança e o conforto dos moradores. É interessante conhecer para fazer um parâmetro. O Jornal The New York Times selecionou alguns produtos e ideias que atuam nesse sentido e prometem permanecer mesmo no pós-covid-19.

1. Edifícios mais saudáveis
Com a pandemia, os sistemas de higienização se tornaram obrigatórios. Nesse sentido, a indústria norte-americana tem trabalhado em sistemas que prometem refinar e fazer o ar circular melhor em áreas comuns de condomínios residenciais e comerciais e, assim, reduzir a disseminação do vírus.

O objetivo, pontua o New York Times, é elevar o padrão de ventilação para MERV-13, uma classificação de filtro de ar considerada eficiente, apesar de não perfeita, na captura de vírus transportados pelo ar.

A Thyssenkrupp Elevator, uma das maiores fabricantes de elevadores, começou a instalar sistemas de ar que puxam o ar purificado diretamente do poço do elevador. Também há opções que tratam o ar com luz ultravioleta – os passageiros não ficam expostos a ela – e peróxido de hidrogênio, que neutralizam bactérias, fungos e vírus. Os produtos variam de US$ 3.500 a US$ 4.000 por elevador.

Além disso, a empresa desenvolveu um aplicativo para smartphones que permite que usuários chamem o elevador sem apertar o botão, e um sistema de pedal na base do elevador para substituir os botões. Alguns imóveis americanos ainda têm utilizado pulverizadores eletrostáticos para desinfectar de forma mais uniforme e eficiente as superfícies.

2. Facilidades
A pandemia também mudou os atrativos dos prédios dos Estados Unidos. Se antes eram spas, salões e salas de jogos, agora a busca é por soluções que garantam a segurança de todos.

No One Manhattan Square, por exemplo, um arranha-céu de 815 unidades no Lower East Side, a Extell, incorporadora de condomínios em Nova York, introduziu um aplicativo de reservas para regular visitas programadas a espaços como pista de boliche privada, quadras de basquete e squash.

Outra aposta do mercado de imóveis tem sido a tecnologia sem contato, que usa chaveiros ou smartphones para destrancar portas. Segundo o New York Times, no terceiro trimestre do ano, as vendas da Latch, operadora de portas sem toque, foram 50% maiores do que no mesmo período do ano passado.

O vírus também reforçou a ideia de que alguns serviços não devem ser considerados amenidades, mas sim essenciais. Rachel Fee, diretora executiva da New York Housing Conference, uma organização sem fins lucrativos de política e defesa de moradias, disse à publicação que pedirá à cidade que financie o custo do wi-fi em novos projetos de moradias populares e reformas de moradias públicas.

3. Aplicativos e dados
Muitos dos novos recursos aperfeiçoados e desenvolvidos por conta da pandemia trarão big data para a indústria. A RXR Realty, empresa de desenvolvimento e gestão, criou o app RXO. Trata-se de um serviço de concierge e fórum comunitário que pode ser usado, por exemplo, para pagar aluguel, solicitar manutenção, reservar serviços e conversar com funcionários.

Outro programa, de visão computacional, dever ser lançado pela companhia em breve. Ele usará uma nova tecnologia para determinar se as pessoas observadas pelas câmeras de vigilância estão usando máscaras e respeitando o distanciamento social nas áreas comuns. Por enquanto, a novidade está sendo testada nas propriedades comerciais da empresa.